AMOSTRA GRÁTIS
Criação
e atuação Ana Fuchs
O espetáculo AMOSTRA
GRÁTIS é uma história de amor, de risos, de tristezas e de desejos. Trata-se da
história de uma solitária palhaça que busca em um catálogo de homens um companheiro para sua vida. Porém o que chega a sua
solitária residência é uma grande surpresa, com o qual ela vive todos seus
sonhos românticos!
1. Características
·
Espetáculo
adulto de palhaço
·
Duração: 50 min
·
Área de atuação:
adaptável a diferentes tipos de palco e espaços.
·
Necessidades
técnicas: aparelhagem de som (aparelho cd ou computador e caixas de som
compatíveis); iluminação mínima conforme plano de luz anexo. Linóleo
para o chão do palco.
·
Cenário:
composto por uma poltrona inflável.
·
Número de
componentes: 03 (ator, sonoplasta e iluminador)
Contatos: ana_fuchs@ig.com.br
(051) 91372157 - (051) 33985332
Foto Rafael Lins - Manaus 4º Festival Breves Cenas
de Teatro 2011
O espetáculo AMOSTRA
GRÀTIS é uma história de amor, de risos, de tristezas e de desejos. Trata-se da
história de uma solitária palhaça que busca em um catálogo de homens um
companheiro para sua vida. Porém o que chega a sua residência é uma grande
surpresa (um manequim masculino), com o qual ela vive todos seus sonhos
românticos.
Foto
Guto Muniz
A temática escolhida para
este projeto parte da necessidade de refletir sobre os desdobramentos da vida,
do amor, das desilusões, das idealizações e das projeções que fazem parte da
vida amorosa e do cotidiano das pessoas. Esses temas são abordados a partir da
perspectiva do palhaço, do olhar ingênuo e ao mesmo tempo transgressor, que
apresenta situações além da lógica das ações do dia-a-dia, possibilitando a
compreensão de outros pontos de vista e, provocando crítica através do riso e
da emoção.
AMOSTRA GRÁTIS é
o resultado de uma pesquisa que vem se desenvolvendo deste agosto de 2010, a
partir de uma oficina realizada junto ao grupo LUME. Inicialmente o trabalho
tinha como objetivo manter o que havia sido iniciado na oficina, buscando
qualificar cada vez mais as características do palhaço e desenvolver o jogo com
a plateia. O trabalho tornou-se uma
busca solitária, no sentido de não ter direção ou orientação, configurando-se
em uma experimentação sem a condução de um olhar externo. Entretanto é uma
busca acompanhada de colaboradores, amigos, e colegas de trabalho que surgem
para ajudar, assistir, comentar ou apenas dar vida à plateia através de
gargalhadas.
O espetáculo
então é o resultado desta trajetória de busca por uma identidade artística, do
desafio de um trabalho solitário, do atuar e olhar sobre si. Pretende-se com o AMOSTRA
GRÁTIS a afetividade na comunicação, em uma composição teatral que seja capaz
de mobilizar e aliar-se à sensibilidade do público para a construção de um
encontro teatral de vitalismo e produção
de sentidos.
Fotos
Marcelo Peres (Goiânia - Circuito da Cena 211)
O espetáculo AMOSTRA GRÁTIS estreou
em outubro de 2010 e vem se desenvolvendo e se transformando conforme as
intervenções e experiências junto ao público. A trajetória é marcada por três
principais momentos: a construção primeira, o desenvolvimento de uma cena curta
e a recriação e configuração atual do espetáculo.
Em outubro de 2010 foi feita
uma pequena e primeira temporada do espetáculo AMOSTRA GRÁTIS no teatro Álvaro
Moreira em Porto Alegre. O objetivo destas apresentações era fazer uma
experiência junto ao público, a fim de aprimorar o jogo clownesco e
possibilitar uma reconstrução do material já desenvolvido a partir e
conjuntamente com a plateia. Seguiram-se apresentações em escolas para professores
e grupos de alunos da EJA, sendo bem recebido pelo público.
No ano de 2011, no mês de
junho, o trabalho alcança visibilidade nacional através do 12º CENAS CURTAS DO GALPÃO CINE HORTO. Para
este momento, alguns fragmentos do espetáculo foram selecionados e remodelados
para a composição de uma cena curta, pois o festival exigia a apresentação de
um material de no máximo 15 minutos.
O festival foi acompanhado por um grupo de artistas de
todo o Brasil encarregado de propor discussões sobre os trabalhos. Os debates
foram mediados pelo crítico e pesquisador teatral Valmir Santos que também fez
uma crítica sobre o espetáculo. A cena foi escolhida, entre as melhores do
festival e retornou para uma temporada de quatro apresentações em
Belo-Horizonte.
No mês de setembro do mesmo ano a cena curta do AMOSTRA
GRÁTIS participou do CIRCUITO DA CENA
em Goiânia no Projeto do VivoEnCena, coordenado por Expedito Araújo e realizado
pelo Galpão Cine Horto. Para os debates os convidados foram Nina Caetano (UFOP-MG)
e Francis Wilker (Teatro do Concreto–DF)
Em 2012 a cena foi selecionada para o 4º FESTIVAL DE CENAS BREVES de Manaus e
se apresentou no dia 24 de março, juntamente com outros grupos do Brasil, no
Teatro Amazonas, ganhando o prêmio de Melhor
Performance Cômica. Também neste ano participou do IV Pantalhaço em Campo
Grande.
A paticipação nestes festivais pode ser vista
no youtube nos endereços: http://www.youtube.com/watch?v=O_-MEQ-rUWw
Todas essas experiências junto ao público, o encontro e
a qualificação com diferentes profissionais da arte do palhaço, assim como os
novos questionamentos, exigiram uma reestruturação do material criado. Em 2012 a
cena curta participou do cabaré de palhaços do 4º PANTALHAÇO em Campo
Grande. Neste mesmo ano iniciou-se uma nova etapa, de retomada do espetáculo na
íntegra, em seus 50 minutos de jogo. A dramaturgia foi revisada e novos números
foram incluídos. O espetáculo foi reconfigurado e em abril de 2012 reestreiou
na cidade de Caxias do Sul. Seguiram-se duas temporadas em Porto Alegre e a
participação no 3º FESTIVAL PALHAÇADA
em Goiânia.
O ano de 2013 inicia com a participação no I FESTIVAL DE MONÓLOGOS DE CAXIAS DO SUL
e com o convite para o encerramento do 5º
FESTIVAL DE CENAS BREVES, no mês de março em Manaus. O espetáculo também participou
do 11º SESC FESTCLOWN – Festival Internacional de Palhaços de
Brasília, no mês de maio deste ano. A cena curta do AMOSTRA GRÁTIS foi
selecionada para um curso sobre o aperfeiçoamento de números de palhaço com AVNER EISEMBERG (EUA), em Goiânia, que culminou com a
apresentação no Cabaré da 3ª edição do festival NA PONTA DO NARIZ.
O espetáculo na íntegra pode ser conferido
nos links a seguir:
4. Ficha Técnica
Criação
e atuação: Ana Fuchs
Criação
da trilha sonora: Ana Fuchs e Pablo Damian
Figurinos:
Ana fuchs, Cristina Lissot e MirvanaBoldrin
Cenário:
Ana Fuchs
Iluminação:
Juarez Barazetti
Sonoplastia:
Gabriel Zeni
5. Críticas
5.1 Crítica de Valmir Santos
Jornalista e pesquisador de teatro. Colaborador
da Revista Bravo!,do Jornal Valor Econômico e editor do site independente
Teatrojornal (www.teatrojornal.com.br). Postada no
site do cenas curtas em junho de 2011 (http://cenascurtas2011.wordpress.com/category/no-calor-da-cena/).
26/06 – por Valmir Santos
Há algo de muito triste na alma de todo
palhaço. A criação e atuação de Ana Fuchsé digna dessa filiação que, no caso do
cinema, pode-se dizer felliniana de nos fazer rir com uma ponta de dor lá no
fundo da alma. A radiografia da solidão humana apresentada em “Amostra grátis”
é primorosa. A solidez em semear e colher o riso é dada aos olhos do público
com muita perspicácia na íris, na postura física, na habilidade em delegar aos
objetos e aos figurinos a mesma dignidade suposta na composição da figura cômica
plena de humanidade desde a ponta de seu nariz vermelho.
Quando a cena começa, já somos íntimos da casa
da palhaça devidamente paramentada. Escovamos os dentes com ela, passamos batom
e somos surpreendidos pela campainha. Ao desembrulhar a sua encomenda, ela
enreda o público por uma crônica amorosa. Somos cúmplices da sua relação com um
manequim com quem monologa sua paixão e uns passos de dança embalada pela
canção italiana.
O encantamento passional é tanto que ela quebra
o boneco-fetiche, chora sua morte e desvencilha-se rapidamente do luto para uma
nova aventura, fita métrica em punhos, para medir os homens que encontrar. Como
o espectador que saúda na primeira fila, puxa para si e salta em seu colo.
Ana Fuchs tem o público nas mãos e em nenhum
momento se gaba disso em cena. Sabe que não está sozinha, carrega consigo a
tradição milenar do circo, dos mestres palhaços dos antigos pavilhões e lonas
que marcaram o interior e algumas capitais do Brasil no início do século
passado. Daí o despojamento serelepe no modo de cativar com sua pesquisa
patente em torno do gênero, sua assertividade para com os estados de humor da
vida. Sua palhaça jamais excede, até nos momentos de exagero deliberado.
Deixa-se guiar pela menor grandeza numa cena que é número circense e drama
teatral. Equilibrá-los é a transcendência que nos envolve.
5.2 Crítica de Soraya Belusi
Jornalista
de Belo Horizonte, encarregada de analisar os trabalhos apresentados no
festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto(http://cenascurtas2011.wordpress.com/category/no-calor-da-cena/).
BOAS EXECUÇÕES, SEM
ALTOS NÍVEIS DE DIFICULDADE
25/06 – Por
Soraya Belusi
Ana Fuchs,
de Porto Alegre, teve a missão de encerrar a noite de apresentações. E, enfim,
chegou o clown a esta edição do Cenas Curtas (a linguagem está sempre presente
no evento e proporciona, tradicionalmente, bons momentos). “Amostra Grátis”
mostrou uma atriz da linguagem do clown que entende seu objeto de pesquisa com
inteligência, domínio dos elementos do jogo do palhaço, da relação com a
plateia, do tempo da “piada”, da utilização dos opostos emocionais. Para contar
a história dessa solitária palhaça que busca o amor a qualquer custo, ela
constrói uma dramaturgia bem redondinha, com a preparação para o encontro, a
sedução do objeto de conquista, a alegria da ilusão do amor até chegar ao
fracasso de se deparar com a realidade de que ele não existe.A criadora, com todas as qualidades que demonstrou em cena, parecia
confortável em suas escolhas, o que pode soar como algo seguro demais. Assim
como no circo, fica a vontade de ver algo que lhe coloque num estado de alerta,
na fronteira do perigo. Talvez, um elemento que podia ter feito parte de todos
os trabalhos da noite: o pulo vertiginoso rumo ao abismo (claro, com a rede
embaixo)!
Fotos Aderson Mendes (Goiânia - 3º Palhaçada
2012)
5.3 Comentário
Rodrigo Roblenho
Rodrigo Robleño, o
palhaço Viralata, é ator, diretor, autor e professor de teatro. Trabalhou em
grupos como Armatrux e Cirquedu Soleil (Varekai). Comentário feito a respeito espetáculo AMOSTRA GRÁTIS versão
na íntegra apresentado no Festival Palhaçada em Goiânia 2012.
Eu lhe disse e
agora lhe escrevo: tenha bons caminhos. Foi um prazer lhe conhecer e desejo
muito sucesso em seu espetáculo....eu, pelo menos, adorei. E quero ver você em
outros festivais pelo Brasil.
5.4 Comentário
Marco Coelho Bortoleto
Professor da Faculdade de Educação Física da
UNICAMP, coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa das Artes Circenses (Circus). Parceiro
do Departamento de Casting do Cirquedu Soleil na área de acróbatas e ginastas. Comentário feito a respeito espetáculo
AMOSTRA GRÁTIS versão na íntegra apresentado no Festival Palhaçada em Goiânia
2012.
É isso mesmo ANA,
corajosa, audaciosa, firme, inteligente é, claro, muito divertida. Adorei seu espetáculo!
corajosa, audaciosa, firme, inteligente é, claro, muito divertida. Adorei seu espetáculo!
Foto Aderson Mendes (Goiânia - 3º Palhaçada
2012)
6. Relação de músicas utilizadas
Foto
Marcelo Peres (Circuito da cena 2011)