Este blog é uma espécie de "diário de bordo", uma forma de registrar e compartilhar um pouco do trabalho que venho desenvolvendo na busca da minha palhaça.


Espero que os leitores curtam cada depoimento, pois é sempre um relato sincero do que acontece, do que penso e sinto durante todo esse processo de "encontro comigo mesma"!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Encontros

Acabo de sair de um "encontro comigo mesma"!
Confesso que me sinto mais fortalecida - disciplina é liberdade! - eu já disse isso?
Santo Renato Russo!
Não foi um daqueles encontros que ficam na história, foi um esbarrão! Um bom esbarrão!
Comecei arrumando o Ricardo que perdeu a cabeça logo no início - acho que ele é um pouco nervoso!
A Mari, nossa monitora de teatro da escola, me ajudou com as músicas.
O que tornou o encontro quase triplo, com aquele olhar de ajudante platéia!!!!
Olhar de quem veio para ajudar, mas que de certa forma, se torna uma referência para mim.
A Mari é mais contida e delicada que o Pablo, o antigo monitor que colocou toda a pilha para eu montar o AMOSTRA GRÁTIS e atual produtor do trabalho!
Consegui arrancar alguns sorrisos apenas, mas generosos e verdadeiros.
Me propus hoje a passar a estrutura de 15 minutos que levarei ao festival. Lembram?
12º Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine-Horto.

Primeira Passada
Quando comecei o "Volare" a cabeça do Ricardo voou longe - quase joguei com o infortúnio, mas essa vontade foi rapidamente cortanda pela razão que me disse rapidamente - "Ana te centra na estrutura!"
Perdi minha relação com o objeto, precisava recuperar.
Retomei o  trabalho, a cabeça caiu novamente, num novo momento.
Me parece um sinal - e se acontecer lá no festival?!
"Te vira Ana" me disse a tal voz!
Recomecei, mas antes, passei MUITA fita adesiva no pescoço do Ricardo.
Nessa primeira passada  tive dificuldade com as viradas de braço que faço para trocar olhares com o Ricardo. Novamente a dificuldade com o objeto, em virtude do longo tempo sem ensaio, óbvio.
tssssssssss - a tal voz.
Fui até o fim, mas não sem ter experimentado a dificuldade de arrancar a cabeça com os beijos.
A parte da morte ficou emocionante - pelo menos para mim!
10 min...muuito tempo...preciso de uns 3 minutos de início e mais uns 5 com o público

Segunda passada
Início tranquilo, perda da cabeça quase no tempo certo.
Preciso perder a cabeça quando eu estiver em pé e não no chão.
A morte não foi tão emocionante. Preciso entender o que fiz de diferente em relação a primeira passada.
7 minutos ...tempo melhor...abre mais possibilidades!

Descobri duas coisas que eu não havia planejado, que estão no espetáculo, mas não previ para este momento.
1. O beijo de língua no nariz!
Rolou naturalmente
2. A conversa com o Ricardo antes do beijos.
Só no ouvidinho!

Bom, era isso!
Estou contente com o resultado do esbarrão!
E contente por ter conseguido trabalhar solita, mais uma vez!
Beijos

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