Este blog é uma espécie de "diário de bordo", uma forma de registrar e compartilhar um pouco do trabalho que venho desenvolvendo na busca da minha palhaça.


Espero que os leitores curtam cada depoimento, pois é sempre um relato sincero do que acontece, do que penso e sinto durante todo esse processo de "encontro comigo mesma"!!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Trabalhando por tabela

Faz tempo que não faço um encontro "comigo mesma", daqueles de fechar a porta, fazer um bom alongamento e (tentar) um energético!
Sempre dou um jeito de fugir disso! Acabo fazendo pequenos ensaios das cenas que já tenho estruturadas e fazendo um pequeno aquecimento dançando com músicas divertidas!
Bom, faço milhares de coisas, dentre elas dou aulas de teatro no Colégio de Aplicação da UFRGS. Como requisito para meu estágio probatório como professora efetiva da Universidade, preciso desenvolver uma pesquisa e resolvi, então, buscar um elo entre o trabalho em sala de aula e minha paixão pelo palhaço. 
Desse desejo nasce a pesquisa O PALHAÇO NO CONTEXTO ESCOLAR, que tem como objetivo abrir um espaço para a experimentação do jogo do palhaço pelos alunos, assim como verificar e analisar as influências (transformações e contribuições - ou não) da figura clownesca no cotidiano da escola. Quem tiver interesse em saber mais informações pode consultar o blog http:opalhaconaescola.blogspot.br que relata toda essa experiência.
A questão deste momento é que ao preparar a oficina e ministrar acabo muitas vezes conduzindo e participando dos trabalhos, principalmente os energéticos (que eu sempre tive muita dificuldade para trabalhar sozinha - sozinha continuo com dificuldade mas em grupo funcionou).
Então ao mesmo tempo que estou ministrando a oficina aproveito para colocar o meu corpo a disposição do trabalho, o que de alguma forma me ajuda a entender também o trabalho corporal de meus alunos, pois em diversos momentos me coloco como um espelho buscando entender e construir junto com os alunos o significado dessas ações. Hoje cheguei a me perguntar se por vezes não acabo induzindo os alunos a algumas imagens ou outras coisas que não fazem parte da origem da ação primeira a partir do meu sentimento em relação ao movimento do aluno...terei que prestar mais atenção se isso é real, bom ou não!
Talvez nesse momento ainda tenha espaço para isso, a intervenção é no sentido trazer para o plano da tomada de consciência dos alunos de suas ações, assim como possibilitar um olhar que resignifique aqueles movimentos que nascem de gestos espontâneos.
Mas enfim, queria compartilhar que hoje através da oficina pude experimentar muito do trabalho energético que há muito não trabalhava!

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