Este blog é uma espécie de "diário de bordo", uma forma de registrar e compartilhar um pouco do trabalho que venho desenvolvendo na busca da minha palhaça.


Espero que os leitores curtam cada depoimento, pois é sempre um relato sincero do que acontece, do que penso e sinto durante todo esse processo de "encontro comigo mesma"!!!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Substituições

Fui convidada para substituir uma palhaça em um espetáculo aqui do RS - CINTA LIGA/DESLIGA!

Antes de contar detalhes sobre esse novo desafio, quero explicar o valor desse espetáculo no contexto da busca pelo meu solo. Assisti o trabalho em 2010 no EEPA, me diverti muito e me perguntei: o que eu tenho para dizer? O CINTA LIGA/DESLIGA foi um divisor de águas! Foi onde me questionei sobre o que eu teria para compartilhar com os outros. No momento não tive respostas, que só vieram com o passar do tempo e o mergulho que fiz no trabalho.
O convite para integrar o espetáculo foi um presente, uma possibilidade de viver de outra forma minha relação com o CINTA!
Eis que veio o grande desafio: o primeiro ensaio!
Substituir é muito diferente de um processo de criação própria. No AMOSTRA sempre fui eu "comigo mesma", todas as escolhas, decisões, dificuldades e vitórias. Na substituições existe uma estrutura prévia, jogos, desencadeamentos e outras companheiras de cena que dependem dos acontecimentos da forma que foram estruturados. Por outro lado há também uma necessidade de eu encontrar meu jogo dentro dessa estrutura.
No primeiro ensaio, minha maior preocupação era com os desencadeamentos da ação dramática, o que de fato precisa ocorrer para que o fluxo, a lógica da cena se mantenha. Em alguns momentos já consegui perceber quais são as minhas ações, os meus jeitos, enfim a minha identidade diante das cenas. Em outros tenho ainda que buscar novos estados. Talvez a palavra não seja NOVOS, mas acionar diferentes estados que já conheço, que já uso no meu solo mas que no CINTA ainda não consegui inserir!
Principalmente ao que se refere a uma ação mais impositiva, furiosa ou firme, tendo em vista que sou extremamente augusta.
Essa situação me leva a outra reflexão: sou extremamente augusta, na minha essência! Entretanto, todavia e contudo, ser augusto não significa ser aquele que sempre apanha, ou que não entende! A figura do augusto possibilita também jogos firmes, com fúria e principalmente metidos a inteligentes!
Encontrar as nuances desse jogo é o atual barato!
Neste momento minha questão é a seguinte:
Será que a gente alterna as figuras do branco ou do augusto no jogo de cena ou será que temos uma essência que se revela em diferentes nuances?
Essa é a dúvida do momento!

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