Não sei se será possível descrever a experiência de MANAUS do 12º Festival Braves Cenas de Teatro.
Meu material cênico chegou quebrado e parte foi perdido, o pedestal que apoia o boneco em pé foi quebrado na altura da base e esta se perdeu por aí! Uma base de 40x40 de aproximadamente 10kg foi perdida!!!!
Procurei um marceneiro que me prometeu (e cobrou) um material similar e de qualidade, mas que por fim me entregou uma base feita com restos de madeira e que não pesa 1 Kg! Sei disso pela pesagem final no aeroporto!
Passados os sufocos e secadas as lágrimas (dramático isso!), só me restava uma coisa - TRABALHAR MUITO!
A nova base, até mantinha o boneco em pé mas, por ser leve, não permitia a movimentação pois acabava cambaleando conforme minha ação sobre o boneco. Só me restava mesmo, baixar a cabeça e ensaiar com esse novo objeto, que requeria a busca de uma adaptação das minhas movimentações.
Disciplinadamente, ensaiei as possibilidades de movimento, em um canto do próprio quarto de hotel. No dia da apresentação passei a tarde toda retomando a cena. O foco era experimentar todas as ações e estar segura para o momento da apresentação.
O truque foi basicamente esse: eu mantinha um pé "cravado" na base, enquanto o resto do corpo executava as ações da cena!
Como eu era a última cena da noite, passei uma hora esperando, caminhando ansiosamente pelas coxias.
Rezei para conseguir retomar a cena mantendo o mínimo de qualidade e para conseguir de fato compartilhar com todos esse trabalho tão precioso para mim.
Entrei nervosa, um tanto insegura, mas feliz porque eu sabia que a oportunidade de apresentar no centenário Teatro Amazonas, para uma média de 700 pessoas era ÚNICA!
Entrei para ser feliz, fazer feliz!
Quando tocou o VOLARE, a platéia aplaudiu em cena aberta! Lembro nitidamente de olhar para o Ricardo (boneco) e pensar - superamos!
Resbalei no creme dental, caí no chão de quatro (descobri outras possibilidades para a cena), explorei a escada, me atirei (literalmente) no colo do público!
Superei os problemas, atingi o estado de jogo da minha palhaça e conectei com o público.
SENTIR, JOGAR e COMPARTILHAR!
INTEIREZA!
No final ao agradecer os aplausos, junto com os demais grupos, pude ver os olhares carinhosos de grandes amigos na platéia - Abraços generosos para o povo das Rosas no Jardim de Zula, Quintal, Acontecia em 1950, Selma Bustamante, Adelvane Néia e Expedito Araújo.
Foi muito bom ter compartilhado esse momento com vocês!
Este blog é uma espécie de "diário de bordo", uma forma de registrar e compartilhar um pouco do trabalho que venho desenvolvendo na busca da minha palhaça.
Espero que os leitores curtam cada depoimento, pois é sempre um relato sincero do que acontece, do que penso e sinto durante todo esse processo de "encontro comigo mesma"!!!
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
MANAUS é surpreendente!
Perdi material cênico no avião (eu não a TAM) - que destroçou o que eu tinha (o que o Ricardo tinha).
Encontrei um marceneiro que vai resolver tudo - assim espero!
Caminhei quilômetros no sol escaldante do meio-dia atrás do tal marceneiro (o google me mandou para uma maçonaria).
Fiz bolhas no pé e pisei no coco de cachorro!
Conheci pessoas muito carinhosas (a produção é primorosa).
Revi amigos queridos, Andreia, Talita, Adão e Expedito.
Vi o sol já forte às cinco da manhã
Por fim, tomei um bom banho de chuva, a noite, quase na frente do Teatro Amazonas - com direito a book fotográfico feito por uma pessoa desconhecida... Agora conhecida
O que mais me reserva MANAUS?
O caro leitor deve estar se perguntando - E o AMOSTRA GRÁTIS? Afinal é pra isso que tu foi à Manaus...
É NO SÁBADO ÀS 19:00 NO TEATRO AMAZONAS!!!!
sexta-feira, 16 de março de 2012
Manaus
Um frio percorre minha espinha...
Dúvida, medo, ansiedade!
Nunca se pode prever o que pode acontecer em um festival.
Tenho boas e péssimas experiências!
O que virá?
Em Manaus o teatro é gigantesco, muito diferente do local do Galpão Cine-Horto em que o público ficava próximo e o jogo era mais íntimo.
Provavelmente terei que utilizar alguns recursos experimentados em Goiânia, como entrar pela platéia e subir no palco me arrastando, com o bumbum quase a mostra. Coisas que só poderei definir ao conhecer o espaço.
Três coisas me preocupam - estabelecer o contato com a platéia e manter a estrutura (com os detalhes) da cena, mas principalmente conseguir me colocar INTEIRA nesse jogo, para que de fato haja o encontro em que eu e o público compartilhemos o mesmo sentimento.
Peço aos deuses que conduzam meu material cênico até Manuas mantendo a integridade e os horários!
Posso fazer a cena sem música, sem luz, mas não sem o Ricardo que sempre viaja no bagageiro!!!!
Dúvida, medo, ansiedade!
Nunca se pode prever o que pode acontecer em um festival.
Tenho boas e péssimas experiências!
O que virá?
Em Manaus o teatro é gigantesco, muito diferente do local do Galpão Cine-Horto em que o público ficava próximo e o jogo era mais íntimo.
Provavelmente terei que utilizar alguns recursos experimentados em Goiânia, como entrar pela platéia e subir no palco me arrastando, com o bumbum quase a mostra. Coisas que só poderei definir ao conhecer o espaço.
Três coisas me preocupam - estabelecer o contato com a platéia e manter a estrutura (com os detalhes) da cena, mas principalmente conseguir me colocar INTEIRA nesse jogo, para que de fato haja o encontro em que eu e o público compartilhemos o mesmo sentimento.
Peço aos deuses que conduzam meu material cênico até Manuas mantendo a integridade e os horários!
Posso fazer a cena sem música, sem luz, mas não sem o Ricardo que sempre viaja no bagageiro!!!!
Quando tudo dá errado...
Só resta a essência - o jogo.
Fiz minha primeira apresentação de 2012.
Vários ensaios, trilha gravada, regravada, registrada em CD, pen-drive, no diabo a quatro!
Calor do cão!
Comemoração do dia da mulher!
Tapete rosa no chão, flores, olhares ansiosos na entrada.
Inteireza com certeza! Eu estava inteira, a conexão com o público estabelecida!
Quando entra a primeira música xxxxxxxxxxxxxxxxxtttrrrrrrrrrrrrrsrxvvvvvvvvvssssssssssss
Cabo de som com defeito!
Nada de passarinhos, nada de campanhia, nada de música!
Rápidamente um pensamento me veio a cabeça e rapidamente ele se foi - paro tudo?
Mais de oitenta pessoas na minha frente, segui agarrada na única coisa que poderia salvar aquele momento O JOGO!
Finalizei com um enorme sentimento de vazio...
Sustentei o jogo, mas o encontro ficou sem trilha sonora e o brilho que poderia ter.
Poderia ter aproveitado mais, extrapolado mais... Quem sabe?
SEMPRE!
Fiz minha primeira apresentação de 2012.
Vários ensaios, trilha gravada, regravada, registrada em CD, pen-drive, no diabo a quatro!
Calor do cão!
Comemoração do dia da mulher!
Tapete rosa no chão, flores, olhares ansiosos na entrada.
Inteireza com certeza! Eu estava inteira, a conexão com o público estabelecida!
Quando entra a primeira música xxxxxxxxxxxxxxxxxtttrrrrrrrrrrrrrsrxvvvvvvvvvssssssssssss
Cabo de som com defeito!
Nada de passarinhos, nada de campanhia, nada de música!
Rápidamente um pensamento me veio a cabeça e rapidamente ele se foi - paro tudo?
Mais de oitenta pessoas na minha frente, segui agarrada na única coisa que poderia salvar aquele momento O JOGO!
Finalizei com um enorme sentimento de vazio...
Sustentei o jogo, mas o encontro ficou sem trilha sonora e o brilho que poderia ter.
Poderia ter aproveitado mais, extrapolado mais... Quem sabe?
SEMPRE!
segunda-feira, 5 de março de 2012
encontros comigo
Festivais e apresentações, tudo logo ali - falta pouco, muito pouco!
O momento é de mergulho total no trabalho, retomar, criar, transformar, qualificar.
Tenho conseguido ensaiar seguidamente.
Tenho retomado as cenas, buscado o estado de jogo.
Confesso que não tenho tido muito êxito quanto ao envolvimento, a INTEIREZA, no que se refere ao estado de jogo.
Hoje comecei o ensaio e não havia energia para mobilizar o corpo.
Parar seria quase uma derrota.
Resolvi retomar a estrutura da cena.
A frio, a seco!
Consegui fazer algumas passagens - as primeiras serviram de aquecimento.
Nas seguintes algumas novidades surgiram e detalhes esquecidos retornaram (como marcas corporais que só precisavam ser acessadas).
Em frente!
O momento é de mergulho total no trabalho, retomar, criar, transformar, qualificar.
Tenho conseguido ensaiar seguidamente.
Tenho retomado as cenas, buscado o estado de jogo.
Confesso que não tenho tido muito êxito quanto ao envolvimento, a INTEIREZA, no que se refere ao estado de jogo.
Hoje comecei o ensaio e não havia energia para mobilizar o corpo.
Parar seria quase uma derrota.
Resolvi retomar a estrutura da cena.
A frio, a seco!
Consegui fazer algumas passagens - as primeiras serviram de aquecimento.
Nas seguintes algumas novidades surgiram e detalhes esquecidos retornaram (como marcas corporais que só precisavam ser acessadas).
Em frente!
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